Os Correios enfrentam uma crise financeira sem precedentes. A estatal, sob a gestão do advogado Fabiano Silva dos Santos, registrou um prejuízo recorde de R$ 2 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, o maior da história no período. Caso o ritmo atual se mantenha, o déficit deve superar os R$ 2,1 bilhões registrados em 2015, durante o governo Dilma Rousseff (PT).
Fabiano, de 47 anos, foi indicado à presidência dos Correios pelo grupo Prerrogativas, um coletivo de advogados alinhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Próximo de figuras como o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu, Fabiano é conhecido por sua relação de proximidade com o presidente, o que lhe rendeu o apelido de “churrasqueiro de Lula”.
A grave situação financeira levou os Correios a implementarem um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2023, decisão comunicada em outubro. Um documento detalhando as ações para conter o rombo foi colocado sob sigilo, mas obtido pelo Poder360. Entre as medidas determinadas estão:
Suspensão de contratações temporárias: por 120 dias, mesmo em situações que tradicionalmente demandariam reforço de mão de obra;
Renegociação de contratos: com redução mínima de 10% nos valores em vigor;
Encerramento de contratos: prorrogações só ocorrerão se resultarem em economia comprovada.
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