Com a chegada do verão, o aumento no fluxo de turistas e frequentadores nas praias do Rio Grande do Norte acende um alerta sobre os riscos de afogamentos. O Corpo de Bombeiros Militar do estado intensificou sua atuação, com um efetivo de aproximadamente 55 militares por dia nos finais de semana, utilizando os recursos de diárias operacionais para garantir maior cobertura nas áreas de risco. Neste verão, o foco está em praias que apresentam maior probabilidade de incidentes devido à presença das correntes de retorno.
“As áreas prioritárias de monitoramento são aquelas que apresentam maiores riscos, como correntes de retorno. Praias desse tipo são: Búzios, Praia do Amor, Praia do Forte, Praia de Miami, então damos mais atenção a essas áreas. Nós atendemos outras áreas também que são mais visitadas por turistas e apresentam outros riscos”, explica Christian Bari, subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento Aquático (GBSA).
Apesar do reforço na segurança, o comportamento dos banhistas continua sendo um dos fatores críticos para a ocorrência de afogamentos. A sinalização, que segue padrões internacionais, frequentemente é ignorada, aumentando a exposição ao perigo. “O que é mais ignorado pelo banhista, no geral, são as bandeiras vermelhas. Nosso litoral é todo sinalizado, então acontece muito da população ignorar essa sinalização. A bandeira vermelha indica perigo, onde não é pra entrar, e acaba se colocando numa situação de risco, como foi o caso dos últimos afogamentos”, diz Bari.
Os perfis mais recorrentes entre as vítimas de afogamento refletem um comportamento de imprudência e autoconfiança. “Quanto ao perfil do público de afogamento nas praias, são jovens, homens, normalmente sob efeito de bebida alcoólica e que acabam superestimando sua capacidade de natação”, ressalta o Corpo de Bombeiros.
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