Nesta semana, a agência de classificação de risco internacional Standard & Poor’s rebaixou novamente a nota de investimento do Brasil, por considerar que o período de ajuste da economia será prolongado. Além disso, o índice de atividade econômica do Banco Central, considerado uma prévia do PIB do país, fechou 2015 com uma queda de 4,08%. De acordo com o deputado Felipe Maia (DEM), esses fatores indicam que o Brasil está no pior momento dos últimos 25 anos. Para o parlamentar, a atual situação econômica do país é tão grave que o Fundo Monetário Internacional (FMI) já prevê que a economia brasileira terá o segundo pior desempenho do mundo, atrás apenas da Venezuela.
“O povo brasileiro que será penalizado, porque isso cai diretamente sobre ele, assim como todo um desenlace de fatores que farão com que investidores internacionais tirem recursos do Brasil para investir em outros países. E isso, claro, vai gerar ainda mais desemprego. Estou lamentando, não como integrante de um partido de oposição, porque entre fazer um discurso contrário e aplaudir um governo que está gerando emprego, eu fico com a geração de emprego. Eu prefiro que o pai e a mãe de família cheguem em casa com dinheiro no bolso a vir aqui fazer um discurso e cumprir o meu papel de oposição”, disse o parlamentar, em discurso na tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (18).
Em setembro do ano passado, essa mesma agência de classificação de risco já havia retirado o selo de bom pagador do país. Com isso, o Brasil passou a integrar o grupo de países com economia mais frágil, como Costa Rica, Paraguai, Bolívia e Guatemala. Segundo Felipe Maia, com os sucessivos rebaixamentos, as empresas internacionais deixam de colocar recursos no país e o governo deixa de ter acesso ao crédito internacional. O resultado é o aumento nas taxas de juros, aumento do dólar e menor investimento.
“O país está perdido, estamos numa situação muito preocupante. O Brasil acaba de descer mais um degrau no selo de bom pagador. Isso significa aumento na taxa de juros em todos os segmentos, a começar da compra de produtos importados, como, por exemplo, a farinha de trigo, que pode resultar no aumento dos preços dos alimentos. A verdade é que não há mais convicção num governo falido, um governo que fez com que 1,5 milhão de empregos fossem fechados em nosso país”, avaliou o democrata.
O deputado ainda destacou a falta de planejamento e execução do governo Dilma Rousseff ao apontar as obras estruturantes que estão atrasadas, como a transposição do Rio São Francisco, a ferrovia Transnordestina, além de investimentos em portos, aeroportos e estradas que não saem do papel. “Somado a isso estão os serviços que deveriam ser públicos, mas que o brasileiro tem que pagar do próprio bolso: educação, saúde, segurança. A presidente Dilma virou as costas para o povo brasileiro e investiu em um modelo econômico falido que só prejudicou o país. Este é um governo sem planejamento, sem execução e incompetente”, concluiu.