Da Tribuna do Norte – Quase seis meses após o decreto de calamidade na saúde pública estadual, a situação da saúde no Rio Grande do Norte permanece crítica, com desabastecimento de insumos básicos, medicamentos e falta de recursos humanos.
Com o decreto, a União liberou R$ 150 milhões para o Estado, a fim de tentar reverter a situação.
O dinheiro, no entanto, que deveria solucionar principalmente os problemas de abastecimento, foi utilizado quase em sua totalidade para pagar os médicos cooperados, que estão suprindo o grande déficit de profissionais no setor.
Ao longo deste ano, a falta de um concurso para repor os vários profissionais da área da saúde que estão em idade de se aposentar ou estão afastados já resultou no fechamento de serviços em 5 hospitais do Estado, de UTIs à leitos de internação.
Para tentar melhorar este quadro enquanto não se realiza o concurso público, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) fará um processo seletivo O governador Robinson Faria (PSD) autorizou a contratação temporária de 553 profissionais para atender em hospitais públicos de Natal e sua região metropolitana.
No entanto, o processo seletivo simplificado que garantiria a contratação desses profissionais para dar fôlego à saúde pública do RN se encontra em risco: o valor que estava reservado para o pagamento desses profissionais em 2018 pode despencar de R$ 14 milhões para R$ 3 milhões, inviabilizando a contratação dos profissionais.