‘Brasileiro prefere não ver manipulação por algoritmos’, diz pesquisador

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Uma reveladora pesquisa da empresa de dados Locomotiva, realizada com exclusividade para VEJA e publicada na nova edição da revista, mostra a relação conflituosa do brasileiro com os algoritmos. Utilização mais disseminada da inteligência artificial, essa tecnologia é responsável por funções cotidianas como filtrar o que chega até o usuário de uma rede social ou um serviço de streaming, até aplicações em áreas como a saúde e a segurança pública.

No estudo realizado entre 24 e 27 de junho de 2021, com 2006 adultos em 143 cidades do Brasil, notou-se que o brasileiro gosta das praticidades provenientes dos algoritmos. A maioria acredita que, dos sistemas de recomendações de serviços como Spotify e Netflix até as indicações do Google, essas ferramentas encontram opções melhores do que as que eles escolheriam – 9 a cada 10 se dizem satisfeitos com a inovação.

Ao mesmo tempo, porém, revela-se uma preocupação em relação à manipulação feita pelos algoritmos – 63% dos entrevistados acreditam que foram influenciados por eles. O medo da exposição de dados pessoais também assusta: 85% se dizem receosos com isso. ´Também é curioso o dado de que 71% dos entrevistados acreditam que as pessoas vivem em bolhas criadas pelos algoritmos nas redes sociais – fenômeno que tem acentuado a polarização política –, enquanto apenas 30% admitem fazer parte de uma bolha.

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