Desde que a CPI da Covid no Senado avançou sobre suspeitas de corrupção no governo Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário do presidente na eleição de 2022, não comentou em suas redes sociais sobre o caso Covaxin ou o relato de pedido de propina revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. O fato tem sido explorado por adversários do petista.
Nas redes, o silêncio de Lula foi questionado pelo também presidenciável Ciro Gomes (PDT) e por políticos que defendem a chamada terceira via, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP). O movimento cresceu na quarta-feira (30), quando a hashtag “Lula sumiu” alcançou o ranking de assuntos mais comentados no Twitter.
Naquele dia foi protocolado o superpedido de impeachment de Bolsonaro, que reúne setores da esquerda e da direita. A falta de manifestação de Lula foi lida por políticos como parte da estratégia do petista de, em vez de apoiar a remoção do presidente, trabalhar para desgastá-lo até 2022 e vencê-lo nas urnas, como indicam as pesquisas atuais.
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