Em semana decisiva para o governo, que tem enfrentado resistência de sua própria base ao pacote de ajuste fiscal, o Senado aprovou nesta terça-feira (26), com margem apertada, a primeira das medidas provisórias que visam cortar gastos públicos obrigatórios. Todas as alterações propostas foram rejeitadas. Foram 39 votos a favor e 32 contra a medida provisória 665, que dificulta a concessão de seguro-desemprego, abono salarial e seguro ao pescador artesanal em tempos de pesca proibida (veja abaixo como foi a votação). A expectativa do governo é de reduzir em R$ 5 bilhões os gastos com esses benefícios neste ano.
Mesmo cedendo em alguns pontos, o governo enfrentou traições do próprio partido da presidente. Expoentes desse fogo amigo, os senadores do PT Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS) votaram contra a matéria, junto com Walter Pinheiro (BA). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), não votou.