Mesmo após ter convocado reunião, em seu gabinete, com representantes da Petrobras para debater a autonomia da Refinaria Clara Camarão (Guamaré), o senador José Agripino (RN) fez questão de participar, nesta quarta-feira (8), de audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), solicitada pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), que também debateu o tema. Notícias de que a refinaria perderia a autonomia porque voltaria a ser gerenciada pela Diretoria de Exploração e Produção da estatal circularam na imprensa e preocuparam parlamentares do RN.
Senadores e deputados potiguares temem que a perda da autonomia da refinaria acabe acarretando na exclusão da unidade dos planos regulares de refino, o que implicaria, cedo ou tarde, no fechamento da unidade. “Na reunião de ontem que fiz com representantes da Petrobas não houve indícios de queda de investimento ou demissões na Clara Camarão. De qualquer forma, esse é um assunto que precisa da atenção especial da bancada federal. Eu acompanharei ponto a ponto. Todos querem saber sobre perspectivas de investimento, produção nova, racionalização de custos porque a refinaria é muito importante para o estado”, disse Agripino.
Sobre possíveis demissões na Clara Camarão, o senador potiguar afirmou que, segundo os próprios representantes da estatal, não há previsão de demissão e sim de relocação de funcionários. Hoje a refinaria conta com 120 empregados próprios e 280 contratados.
O senador reafirmou a necessidade de uma reunião da bancada federal do RN com o presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Também participaram da audiência Francisco Vilmar (vice-presidente da FIERN), Jean Paul Prates (presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do RN), Otomar Lopés (secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do RN), Tuerte Rolin (gerente geral do Unidade de Operação, Exploração e Produção do RN), José Antônio de Araujo (Diretor do SINDPETRO-RN), entre outros.