Para fazer uma análise dos quatro anos do governo Dilma Rousseff e avaliar a condução da economia do Brasil, o deputado federal Felipe Maia (DEM), foi à tribuna da Câmara, nesta quinta-feira (04), e destacou os números ruins da economia brasileira.
De acordo com o parlamentar, quase diariamente o governo anuncia aumentos e reajustes, deixando a população temerosa em relação ao futuro, principalmente em razão da inflação crescente. “Temos hoje a pior combinação que uma economia pode ter: baixo crescimento e inflação alta. Além disso, o Banco Central aumentou a taxa de juros e foram anunciados reajustes nas tarifas de energia e no preço da gasolina. Até a volta da CPMF está sendo considerada”, disse.
O deputado lembrou que a presidente foi vendida como gerente eficaz, a “mãe do PAC”. No entanto, destacou, o apelido foi esquecido, já que as grandes obras do programa, como a transposição do Rio São Francisco, não terminam nunca. “Inclusive, nem os índices sociais do atual governo se salvam. A saúde andou para trás. Temos cada vez menos leitos hospitalares à disposição do SUS. Na educação, o governo Dilma concluiu apenas 7% das seis mil creches prometidas. E na segurança, a violência aumentou em todo o país e a taxa de homicídios cresceu quase 8%. Este é o triste balanço de quatro anos de gestão da atual presidente”, lamentou o democrata.
Felipe Maia rechaçou o discurso do governo federal de que o país registra baixos índices de crescimento por ser uma tendência mundial. O parlamentar destacou a estimativa do Banco Mundial de que o mundo crescerá 3,3% este ano. E o Brasil, apenas 0,2%, segundo analistas. Ou seja, 16 vezes menos. “O Brasil cresce a taxas inferiores a dos países pobres. Portanto, não procede a desculpa de que nossa economia está mal por causa do resto do mundo. Os demais países estão bem melhores. Crescimento do país significa mais recursos para construção de estradas, hospitais, mais dinheiro para investir em segurança, na educação, maior produção e geração de empregos”, lembrou.
Na tentativa de amenizar os efeitos da má gestão do atual governo, segundo o potiguar, a presidente sinaliza com medidas defendidas pela oposição e refutadas pelo PT, como a indicação de um nome do mercado financeiro para ser o novo titular do Ministério da Fazenda, Joaquim Levy. “A mesma Dilma cuja propaganda sustentava que os banqueiros tiravam comida da mesa dos brasileiros foi atrás de um para salvar a economia do colapso. A senhora, presidente, admite que errou e pedirá desculpas à nação? Explicará que fracassou e que agora fará tudo de maneira diferente? O que afinal ocorreu? Isso significa que a oposição estava correta o tempo todo?”, questionou Maia.
Felipe Maia ainda destacou que a oposição está atenta e mobilizada, principalmente em virtude da grande votação do senador mineiro Aécio Neves no segundo turno. “Ganhos dos brasileiros de quase duas décadas, como a estabilidade econômica, o respeito ao dinheiro público, o crescimento da renda estão sob enorme risco. Por isso, mais do que nunca, o Brasil precisa de uma oposição ativa, vigilante. Preservamos nossa firmeza na defesa da população contra os malfeitos e a incompetência do governo do PT. Mais ainda agora quando somos um movimento, somos uma força que conta com mais de 51 milhões de brasileiros prontos para construir um país melhor”, concluiu.