Papa Francisco admite uso de contraceptivos contra o vírus da zika

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O papa Francisco admitiu nesta quinta-­feira (18) que, em meio ao surto do vírus da zika no mundo, mulheres poderiam recorrer ao uso de contraceptivos. Ele deixou claro que existe uma diferença moral entre abortar e prevenir uma gravidez. Apesar de a Igreja rejeitar historicamente métodos contraceptivos, Francisco afirmou que “evitar a gravidez não é um mal absoluto”.

O vírus da zika em gestantes tem sido associado por estudos ao aumento dos casos de microcefalia (má­formação no cérebro de bebês). O papa não especificou os contraceptivos a que se referia em sua declaração ­como camisinha, pílula ou DIU.

Ele foi questionado a respeito do aborto e de recomendações para que mulheres evitem a maternidade diante do problema de saúde pública. “O aborto não é um pecado menor, é um crime”, respondeu Francisco, em entrevista no avião em que retornava para Roma depois de seis dias no México. “É um mal em si mesmo. É o que a máfia faz. É um mal absoluto”, disse.

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