Senado homenageia centenário de nascimento de Dom Nivaldo Monte

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Agencia Senado-Garibaldi

Durante a sessão solene do Senado que homenageou o centenário de nascimento de Dom Nivaldo Monte, o senador Garibaldi Filho destacou que, a frase que o ex-arcebispo de Natal trazia em seu brasão episcopal (Para mim, o viver é Cristo), ajudava a entender a escolha feita pelo padre de dedicar sua vida aos mistérios da fé e aos mais necessitados. “O conheci de perto, não só na generosidade de sua amizade, mas também porque ele já era o arcebispo quando tive a ventura de ser Prefeito de Natal”, afirmou.

Garibaldi registrou que Dom Nivaldo ingressou ainda adolescente no Seminário de São Pedro, em Natal, sendo ordenado padre no início de 1941. Depois de passar pelas paróquias de São Gonçalo do Amarante e de Goianinha, foi transferido para Natal. Na capital, engajou-se nas causas sociais, como assistente do Secretariado Arquidiocesano de Ação Social, a partir de 1946. Entre os anos de 1965 e 1988 foi Arcebispo de Natal. Antes, foi bispo auxiliar de Aracaju (SE) e administrador apostólico em Natal.

Ainda na década de 1940, segundo Garibaldi Filho, Dom Nivaldo, mal ordenado sacerdote, participou – com o depois cardeal Dom Eugênio Sales e outros membros do clero natalense – do que se convencionou chamar de Movimento de Natal. O grupo foi responsável por diversas ações sociais na Arquidiocese, como a Campanha da Fraternidade, e a fundação da Rádio Rural de Natal, no ano de 1958. “Também é dessa época, e com sua dedicada e inteligente participação, o trabalho de sindicalização dos trabalhadores rurais, e a denúncia corajosa da perversa indústria da seca”, acrescentou Garibaldi.

O senador José Agripino citou algumas das qualidades demonstradas por Dom Nivaldo, como o seu temperamento conciliador e afável. “Ele era o pastor, era um homem caridoso, era um homem de fé e era um homem acima do seu tempo”, testemunhou. Agripino elogiou o então prefeito Carlos Eduardo Alves por ter dado ao Parque da Cidade de Natal o home de Dom Nivaldo Monte. “Nada mais justo, pois ao deixar o arcebispado ele exerceu, em Emaús, sua vocação de botânico”.

A senadora Fátima Bezerra, primeira signatária do requerimento que propôs a sessão solene, declarou: “A maior e melhor homenagem que podemos prestar a Dom Nivaldo é relembrar sua história e o legado que ele nos deixou. Afinal, estamos falando de alguém que dedicou uma vida inteira aos ensinamentos contidos no Evangelho e à busca incansável por dignidade, especialmente para o povo mais carente do nosso querido Rio Grande do Norte”.

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